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NOVAS PROVAS: Manchas de sangue na casa da delegada morta em Santo Antônio de Jesus podem não ser da vítima; entenda

Foto: Reprodução das redes sociais 
As investigações em torno da morte da delegada Patrícia Jackes, de 39 anos, encontrada morta na madrugada deste domingo (11), dentro de um carro às margens da BR-324, pode ter uma reviravolta. Isso porque o marido da vítima, identificado como Tancredo Neves, foi preso como principal suspeito, principalmente após manchas de sangue terem sido encontradas na casa onde moravam, em um condomínio no bairro do Cajueiro, na cidade de Santo Antônio de Jesus.

Porém, em entrevista ao site Voz da Bahia, o perito Lino Oliveira, que faz parte da equipe de investigação do Departamento de Polícia Ténica (DPT), revelou que não foi constatado que as manchas são de sangue da delegada. "Nós encontramos algumas manchas de sangue sim, agora pelo tempo, eu acredito que não seja de um ser humano. Mas, independente de qualquer coisa, nosso tgrabalho é investigar, coletamos as amostras para saber se está associado ao sangue humano", contou.


O perito detalhou o cenário encontrado na residência da vítima. "A casa dela estava estranhamente removida, alguns objetos pessoais, tipo revirada, como se alguém tivesse procurando algo de valor", descreveu ao destacar que imagens do monitoramento do condomínio mostram o casal saindo de casa por volta das 20h40. "Tem registros dentro do condomínio, registros nesse estabelecimento comercial e tem imagens também ele passando no primeiro pedágio com ela no carro. A Polícia Civil está fazendo o rastreamento de onde o veículo passou para que a gente encontre os elementos necessários", explica.


Questionado sobre o que teria, de fato, motivado a morte da delegada, Oliveira esclarece que vai depender do trabalho da perícia responsável pela remoção do corpo. Inclusive, ele conta que a equipe teve dificuldade por causa da localidade onde o veículo estava quando foi achado pela polícia.

"Próximo ao carro onde o corpo foi encontrado tinha um enxame de abelhas ativas e isso até dificultou o acesso na proximidade. O Corpo de Bombeiros teve que fazer um trabalho especial para ter acesso ao corpo. Mas, pelo fato ter sido removido de São Sebastião do Passé para Feira de Santana, não temos detalhes do que levou à morte de Patrícia", explicou.

Marido foi preso por feminicídio

Apontado como principal suspeito pela morte da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, o companheiro da vítima, identificado como Tancredo Neves Feliciano de Arruda, foi preso na manhã deste domingo (11), pela Polícia Civil. O homem, que estava com a esposa horas antes do crime, teria inventado um suposto sequestro para tentar despistar a polícia.Medida protetiva


Encontrada morta na madrugada deste domingo (11), dentro de um carro às margens da BR-324, nas proximidades do município de São Sebastião do Passé, a delegada Patrícia Jackes tinha solicitado medida protetiva contra o marido. Tancredo Neves foi preso suspeito de ser o autor do crime após ter denunciado que tinham sofrido um suposto sequestro.

Em entrevista ao site Voz da Bahia, o perito criminal Lino Oliveira explicou detalhes sobre as investigações do crime. Amigo pessoal da vítima, o investigador revelou que a delegada tinha uma relação conturbada com o companheiro. "Na época que ela teve esses conflitos nós chegamos a conversar", disse.

O perito afirmou que não tem conhecimento se a medida protetiva chegou a ser concedida e que não entendia a continuidade do relacionamento. "O fato dela ter tido uma medida protetiva e logo em seguida ter se noivado com essa pessoa, a gente não entende [...] foi pedido uma medida protetiva, eu não sei se foi expedido, mas é no mínimo estranho esse tipo de coisa acontecer".



Oliveira contou que Patrícia foi alertada por diversas vezes em busca de evitar que o pior acontecesse. "Aviso não faltou, foi sinalizada várias vezes, ela teve vários registros de conflito com ele mesmo, mas a vida dela com essa pessoa era conturbada, todos os indícios levam a ele", afirmou. "Ele foi encontrado inclusive com celular dele, uma coisa um tanto estranha para quem foi sequestrado", disse se referindo a versão dada pelo suspeito de que eles teriam sido sequestrados. 

Oito anos de polícia, natural de Recife e mãe de um filho

Nas redes sociais, a Polícia Civil da Bahia divulgou uma nota de pesar em que exalta o trabalho realizado pela delegada ao longo dos último oito anos. "Patrícia tomou posse em 2016, sendo designada em seguida para a Delegacia Territorial de Barra. Posteriormente, serviu em Maragogipe e São Felipe, antes de ser lotada em Santo Antônio de Jesus, onde atuava como plantonista".
Aos 39 anos, Patrícia era natural do Recife e, conforme informações obtidas pelo BNews, deixa um filho. Não há informações se o suspeito do crime é o pai da criança, com quem ela teria uma relação bastante conturbada. "A Polícia Civil da Bahia lamenta profundamente a morte da delegada Patrícia Neves Jackes Aires, de 39 anos", declarou a instituição.



Por Betonews fonte: Bnews
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