Novembro Negro: “Semana do Empreendedorismo Negro: valorização e desafios” acontece no CETEP
As ações em alusão ao Novembro já começaram a ser executadas pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), sob o lema Decolonizar para Avançar. Durante essa semana, o Centro Territorial de Educação Profissional do Norte e Agreste baiano (CETEP) recebe a Semana do Empreendedorismo Negro: valorização e desafios.
A iniciativa integrada começou nesta segunda-feira (06) e vai até o dia 10 de novembro, sendo realizada por meio da Coordenação de Política de Promoção da Igualdade Racial da SEMAS. A premissa é a de que a população negra é uma força econômica que perpassa a música, a culinária, o mundo têxtil, a maquiagem e etc. Sendo assim, além de estimular o empreendedorismo, a semana promove a valorização das expressões da Cultura Negra, com a participação de quilombolas e do samba de roda na abertura e uma roda de capoeira que se apresentará na sexta-feira (10).“Queremos quebrar o racismo para decolonizar, de fato, a história única que foi contada. Não somos apenas o samba de roda e a capoeira. Temos uma participação pujante na economia e isso foi trazido hoje para os estudantes do CETEP”, explicou o coordenador Leandro da Silva Santos, que também comemorou os avanços da negritude e trouxe alguns dados, como a taxa da população negra em Alagoinhas que, segundo ele, chega a 83%.
No último dia da Semana do Empreendedorismo Negro: valorização e desafios, acontecerá uma feira, também no CETEP, com o resultado da semana, inclusive os produtos resultantes da oficina de óleos essenciais aromatizantes. “Isso tudo será a culminância, na sexta-feira, com estandes pertinentes a toda essa temática da população negra”, resumiu o coordenador de Política de Promoção da Igualdade Racial da SEMAS.
Poeta e escritor de Literatura Negra, o jovem Atanael Barros apresentou sua arte para a plateia, arrancando aplausos acalorados. “Falar sobre Literatura Negra é falar sobre fortalecimento e identidade da negritude. Aqui no CETEP, pude observar que o público estudantil é composto, majoritariamente, por pessoas pretas. Eu entendo que esse é um espaço de fortalecimento e é aqui que a minha arte deve atuar, a arte de periferia, sendo uma resistência para muitos desses jovens”.
Natanel ainda comentou que dois estudantes lhe revelaram que passaram a escrever versos pela sua influência. “Olha o quanto é magnífico saber que a nossa arte impacta na cultura, na ancestralidade e principalmente nos jovens pretos de Alagoinhas”.
Fotos: SECOM
Betonews fonte: Secom
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