Rede de proteção à Mulher ganha reforço em Alagoinhas
Estudante de Direito na Universidade do Estado da Bahia – UNEB e única representante do município na Rede de Mulheres Negras do Estado da Bahia, Patrícia sofreu violência doméstica familiar em 2017. Na época, ela já fazia parte da corporação. “A violência física deixa marcas que somem, a psicológica deixa marcas na alma” declarou.
Alagoinhas é o primeiro município do estado onde a Patrulha Maria da Penha pertence à Guarda Municipal. Nas outras cidades, o mesmo trabalho é desempenhado pela Polícia Militar.
A principal tarefa é acompanhar a mulher vítima de agressão até a chegada da medida protetiva, fazendo-a sentir-se segura. Solicitado através dos relatos da vítima à Delegacia Especial da Mulher, o documento expira, comumente, em seis meses.
“A partir do momento em que a mulher chega a pedir socorro, uma rede de proteção é mobilizada”, explicou a coordenadora da patrulha. Estão envolvidos nessa rede, a Delegacia Especial da Mulher, a Guarda Municipal e o CRAM – Centro de Referência de Atendimento à Mulher, ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS).
O número de casos de agressão à mulher aumentou durante a pandemia do coronavírus. Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH), em abril, o número de denúncias através do 180 subiu 40% em relação ao mesmo período de 2019. O principal motivo é a maior permanência do agressor dentro de casa.
Uma das primeiras ações de Patrícia à frente da Patrulha Maria da Penha será a distribuição de cartilhas informativas dentro da corporação, nas secretarias municipais e no comércio de Alagoinhas. O propósito é engajar a sociedade e difundir informações de extrema relevância, como os 5 tipos de violência: física, patrimonial, psicológica, moral e sexual.
Contatos disponíveis para denúncia:
Disque Denúncia:180
CRAM: 34224545
DEAM:34228455
Guarda Municipal: 153 / 34238324
Patrulha Maria da Penha: 988136531
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