Reinfectada, jovem relata falsa sensação de segurança antes de 2º diagnóstico da Covid-19: 'Não pensava que poderia ser'
Infectada duas vezes com a COVID 19,a técnica de enfermagem Gabriela Carla da Silva, de 24 anos, relata ter vivido uma falsa sensação de segurança quando voltou a apresentar sintomas da doença.
Com o segundo
diagnóstico em 50 dias, entre maio e julho, a jovem que atua na rede pública de
saúde de Ribeirão Preto (SP) conta que não acreditava na possibilidade de
voltar a ter o novo coronavírus até fazer o teste por recomendação de colegas
de trabalho.
Primeira infecção
Em 4 de maio, Gabriela entrou em contato com um colega de trabalho
infectado. Dois dias depois, começou a sentir mal-estar, febre, congestão
nasal, dores de cabeça e de garganta.
"Eu trabalho em uma unidade de
saúde, então já estava tendo contato, mas tive contato confirmado com esse
colega de trabalho em uma segunda-feira. Na quarta-feira eu comecei com os
sintomas", afirma.
No quarto dia após o surgimento dos sintomas, a técnica de enfermagem
passou pelo exame RT-PCR, que identifica o Sars-Cov-2 no organismo por meio de
materiais coletados no nariz e na garganta. O resultado do primeiro teste, em 8
de maio, foi negativo, mas, como os sintomas persistiram, a paciente repetiu o
exame cinco dias depois, em 13 de maio, quando testou positivo e foi afastada
por duas semanas.
"O que mais me marcou nesse primeiro quadro foi a dor de cabeça e
um pouco da dor de garganta, mas principalmente a dor de cabeça que se manteve
por uns dez dias", lembra.
Segunda infecção
Gabriela afirma que se recuperou completamente e voltou ao trabalho, na
Unidade Básica de Saúde (UBS) Ribeirão Verde, na zona Leste de Ribeirão Preto,
segura de que estaria imune.
Ela voltou a apresentar os mesmos sintomas 38 dias depois e, em um
primeiro momento, os associou a um quadro gripal, mas foi orientada por colegas
a fazer um novo teste para a Covid-19, que deu positivo em 2 de julho.
"Conversei com a equipe do
trabalho e falaram que, mesmo assim, era importante coletar o teste. Foi quando
coletei novamente e fui afastada até sair o resultado e veio positivo
novamente."
De acordo com ela, o novo período de afastamento foi mais difícil que o
primeiro, com perda do olfato, do paladar, sensação de febre, e uma dor de
cabeça mais forte, embora não tenha ficado acamada. "Eu me senti mal nos
14 dias de afastamento."
Gabriela se diz recuperada pela segunda vez e já voltou ao trabalho, com
todos os equipamentos de segurança, e determinada a ajudar os médicos a
compreender o comportamento do novo Coronavírus. "Pretendo entender o que
realmente aconteceu e realmente ajudar na pesquisa."
Por Beto News. Fonte G 1
Nenhum comentário