Em ato do Sindipetro, Leal defende manutenção dos empregos da Petrobras na Bahia
Um “Ato em Defesa da Petrobrás na Bahia”, reuniu parlamentares, prefeitos, vereadores e a categoria petroleira no Auditório Jorge Calmon, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta segunda-feira (23). Presente no ato, o presidente do Legislativo estadual, Nelson Leal, lamentou a desativação de atividades da Petrobras na Bahia e previu um cenário negativo para o estado e para Salvador caso o fato de concretize.
“Já estamos em uma situação muito difícil, com a quebra de nossas principais empresas de engenharia – Odebrecht, OAS e UTC. Caso aconteça mesmo o fechamento das unidades da Petrobras na Bahia será um desastre completo. Em Salvador, então, será de calamidade”, afirmou Leal.
Estiveram presentes nomes como o do senador Jaques Wagner (PT) e dos deputados federais Lídice da Mata (PSB), Joseíldo Ramos (PT), Nelson Pelegrino (PT) e Valmir Assunção (PT). Entre os nomes de deputados estaduais, marcaram presença no ato Luciano Simões (DEM), Rosemberg Pinto (PT), Niltinho (PP), Fabíola Mansur (PSB), Hilton Coelho (PSOL), Neusa Cadore (PT), Marcelino Gallo (PT), Olívia Santana (PCdoB), Jacó (PT), Fátima Nunes (PT), Maria Del Carmen (PT) e Osni (PT). A ação ainda contou com o geólogo Guilherme Estrela, ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras, responsável pela descoberta do Pré-Sal; o pesquisador William Nozaki, do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep); e Vagner Freitas, presidente nacional da CUT, além de prefeitos e vereadores de municípios petrolíferos da Bahia.
Durante o ato, o presidente da AL-BA ainda destacou a amplitude e importância da empresa estatal para o estado. “Doze municípios baianos serão afetados diretamente pelos estragos, que podem comprometer a extinção de cerca de 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos, além de afetar diretamente o Polo de Camaçari. É um desastre de proporções incalculáveis”, adverte o chefe do Legislativo estadual.
Por fim, Leal apontou discordância da atual política de dolarização dos preços dos combustíveis praticado pela Petrobras. “Com a importação de derivados, estamos deixando de usar nosso parque de refino. A Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em Mataripe - a segunda maior do país, criada em 1950 - composta por 26 unidades de processo e capacidade para refinar 323.000 barris de petróleo/dia, só está operando com 50% da sua capacidade. Somente ela emprega cerca de 2 mil trabalhadores e é responsável por 82% dos R$ 37 milhões da receita mensal de São Francisco do Conde. Caso feche, vai semear mais pobreza pelo nosso Recôncavo”, argumentou o deputado.
Fonte BN
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